domingo, 18 de março de 2012

Campanha Diocesana da Consolação 2012 - Artigo do Presidente do Conselho e Venerável Arcediago Centro - Ven. Arc. Rev. Márcio Simões

Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus (Rm 15.5)

Vivemos um tempo de pressa, correria e competição em praticamente tudo. Preparamos os nossos filhos para um “mundo competitivo”, e os orientamos com vistas à superação de desafios. Até na Igreja elaboramos um calendário para o ano, com o objetivo de avançar mais e mais, superando o que já foi feito outrora. Essas coisas não são, em si, erradas, mas precisamos admitir que elas nos deixam “ocupados” demais, sobrecarregados até.

Mas o pior é quando, por essa via, justificamos nossas faltas aos valores que defendemos como cristãos: tempo com a família, atenção aos amigos, socorro aos necessitados, ou seja, exercício do amor traduzido na prática da vida.

Imagine se Deus, tão “ocupado” como deve ser, não tivesse tempo para nos consolar? O salmista nos diz que “o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5), e que o Senhor sustenta seus filhos no leito de enfermidade (41.3).

O apóstolo Paulo orou para que Deus concedesse aos crentes de Roma, e também a nós, seus leitores atuais, a paciência e a consolação, que são atributos seus, a fim de que aqueles que nos cercam e aqueles que Deus faz convergir em nossas vidas sejam abençoados por essa atitude. Por meio de qual modelo? “Segundo Cristo Jesus”!

Jesus consolou um cego em Jericó, uma mulher de conduta duvidosa à beira do poço de Jacó, um pai cuja filha jazia morta em sua casa, uma mãe no cortejo fúnebre do filho querido e tantos outros. Como nós temos reagido às pessoas que cruzam nossas vidas? Com quem nos assemelhamos: o sacerdote, o levita ou o samaritano da parábola?

Que aprendamos com Cristo, que nos consola sempre em nossas dificuldades, a consolar os que chegam até nós.

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